A ação Caminho Para Um Teatro Popular continua no mês de maio com apresentações do espetáculo de teatro de rua “O Amargo Santo da Purificação” no “O Amargo Santo da Purificação – Uma Visão Alegórica e Barroca da Vida, Paixão e Morte do Revolucionário Carlos Marighella”, encenação conta a história de um herói popular que os setores dominantes tentaram banir da cena nacional durante décadas. A dramaturgia elaborada pelo Ói Nóis Aqui Traveiz parte dos poemas escritos por Carlos Marighella que transformados em canções são o fio condutor da narrativa. Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do ritual com o teatro dança. A peça recebeu diversos prêmios e percorreu a maioria dos estados brasileiros, apresentando em capitais, cidades do interior e também em assentamentos rurais. Com uma riqueza de detalhes e uma nova relação com a estética de rua, a criação coletiva resgata uma parte importante da história do nosso país, trazendo para esse grande público do teatro de rua capítulos decisivos da nossa vida política e social. Sem trair a sua vocação artística instauram a alegria e a indignação nos espectadores. Caminho Para Um Teatro Popular – Circuito de teatro de rua em bairros populares de Porto Alegre é um Projeto realizado pela Secretaria Municipal da Cultura através de Emenda do Vereador Robaina.
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Na semana que completa 46 anos de trajetória, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz rememora os 60 anos do Golpe Militar de 1964. Com apresentações do espetáculo de teatro de rua “O Amargo Santo da Purificação” no dia 29 de março, às 16 horas, no Parque Mascarenhas de Moraes, no bairro Humaitá, e no dia 31 de março, às 16 horas, no Parque da Redenção próximo ao Espelho d’Água, e no dia 1 de abril apresenta a performance “Onde? Ação n. 2”, ao meio-dia, na Esquina Democrática (Rua dos Andradas com Av. Borges de Medeiros). “O Amargo Santo da Purificação – Uma Visão Alegórica e Barroca da Vida, Paixão e Morte do Revolucionário Carlos Marighella”, encenação conta a história de um herói popular que os setores dominantes tentaram banir da cena nacional durante décadas. A dramaturgia elaborada pelo Ói Nóis Aqui Traveiz parte dos poemas escritos por Carlos Marighella que transformados em canções são o fio condutor da narrativa. Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do ritual com o teatro dança. A peça recebeu diversos prêmios e percorreu a maioria dos estados brasileiros, apresentando em capitais, cidades do interior e também em assentamentos rurais. Com uma riqueza de detalhes e uma nova relação com a estética de rua, a criação coletiva resgata uma parte importante da história do nosso país, trazendo para esse grande público do teatro de rua capítulos decisivos da nossa vida política e social. Sem trair a sua vocação artística instauram a alegria e a indignação nos espectadores. A performance “Onde? Ação n. 2” de forma poética provoca reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas abertas pela ditadura militar. Na performance a relação de mulheres com cadeiras vazias de pessoas ausentes. No final, durante alguns minutos, a mulheres lembram os nomes dos desaparecidos políticos do Brasil. A ação performática se soma ao movimento de milhares de brasileiros que exigem que o Governo Federal proceda a investigação sobre o paradeiro das vítimas desaparecidas durante o regime militar, identifique e entregue os restos mortais aos seus familiares e aplique efetivamente punições aos responsáveis. “Onde? Ação n. 2” vem sendo encenada em diversas cidades brasileiras, tendo já realizado circuito de apresentações na Argentina e Cuba. As apresentações fazem parte do evento nacional de rememoração dos 60 anos do golpe civil-militar no Brasil, junto com o Coletivo Testemunho e Ação/SIG, que integra a Coalizão Brasil por Memória Verdade Justiça; e marcam a abertura do Projeto Caminho Para Um Teatro Popular – Circuito de teatro de rua em bairros populares de Porto Alegre. Projeto realizado através de Emenda do Vereador Robaina. Tendo como base o Teatro Ritual de Antonin Artaud e o Teatro Épico de Bertolt Brecht, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz bebeu de diversas fontes cênicas durante a sua trajetória, como o teatro revolucionário do Living Theatre, o trabalho de ações físicas dos mestres europeus Stanislavsky, Meierhold, Grotowski e Eugênio Barba, e dos brasileiros Augusto Boal (Teatro do Oprimido), José Celso Martinez Corrêa (Teatro Oficina) e Amir Haddad (Tá Na Rua). Nesses quarenta e seis anos criou encenações que marcaram o teatro brasileiro como Ostal, Antígona Ritos de Paixão e Morte, Fausto, A Saga de Canudos, Kassandra In Process, O Amargo Santo da Purificação e Medeia Vozes. Acreditando no Teatro como um modo de vida, o Ói Nóis Aqui Traveiz desde a sua origem dissemina ideias e práticas coletivas, de autonomia e liberdade, compartilhando a experiência de convivência e de laboratório teatral. Fotos de Mariana Rotili.
Nos dias 18 e 21 de março, às 19 horas, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz estará realizando os webinários “Processos Criativos em Teatro”, na segunda-feira, e “Do Jogo a Cena – Construindo Aprendizagens”, na quinta-feira, transmitido pelo youtube.com/oinoisaquitraveiz com acessibilidade comunicacional na linguagem de libras. “Processos Criativos em Teatro” reunirá para uma conversa sobre a Formação em Teatro no nosso país a dramaturga e diretora teatral Rosyane Trotta, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o ator e pesquisador Narciso Telles, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a atuadora, diretora, atriz pesquisadora Tânia Farias, professora e coordenadora da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo. O encontro terá a mediação da atuadora Marta Haas, doutora em Educação. “Do Jogo a Cena – Construindo Aprendizagens” reunirá para uma conversa sobre a criação teatral o ator, diretor e gestor cultural Chico Pelúcio, integrante do Grupo Galpão de Belo Horizonte, a diretora teatral e professora Fran Teixeira, do Grupo Teatro Máquina de Fortaleza e o ator, diretor e dramaturgo Jé Oliveira, criador do Coletivo Negro de São Paulo. O encontro terá a mediação da atuadora Tânia Farias. Os webinários fazem parte do Projeto Arte Pública – Criação e Formação. Uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura com recursos da emenda parlamentar da deputada federal Fernanda Melchionna. O Projeto Arte Pública promoveu durante o ano de 2023 diversas oficinas teatrais gratuitas na Terreira da Tribo e nos bairros Restinga, Humaitá e Bom Jesus, e recebeu doze artistas para uma residência artística remunerada com duração de um ano, que resultou no espetáculo de teatro de rua ‘Ubu Tropical’.
Dentro do Projeto ‘Teatro Como Laboratório Para a Imaginação Social’, contemplado com o Edital Olhos D’Água – Rede Nacional Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura do Ministério da Cultura, a Escola de Teatro Popular abre neste mês de março inscrições para diversas Oficinas Teatrais, gratuitas e abertas aos interessados a partir dos 16 anos. A principal Oficina do Projeto é a Para Formação de Atores, com um ano de duração, 1.000 horas/aula, e aulas práticas e teóricas diárias, de segundas a sextas. As inscrições presenciais abrem no dia 18 de março e vão até o dia 5 de abril, das 14 às 18:30, de segunda a sexta-feira, na Terreira da Tribo (rua Santos Dumont, 1186). As aulas começam no dia 22 de abril. As disciplinas oferecidas se dividem em Interpretação, Improvisação, Expressão Corporal, Expressão Vocal, História do Teatro Brasileiro, História do Pensamento Político e Tópicos Especiais da Teoria e História do Teatro. Ao longo do processo, o oficinando/aluno estará passando por um processo programado de desenvolvimento, cuja primeira etapa encontra-se organizar em torno do autoconhecimento (conhecimento do ator), passando em seguida, para a etapa de reconhecimento (ênfase colocada no trabalho de construção de personagem), para o jogo teatral (ênfase na situação dramática) e, por fim, chegando à elaboração do produto estético: a encenação. Outra Oficina com inscrições abertas a partir de 18 de março é a de Teatro Ritual. A inscrição vai até 5 de abril através de envio de carta de intenção e currículo para o e-mail escola.terreira@gmail.com . A Oficina de duração de cinco meses, com encontros de terças a sextas-feiras, das 19 às 22 horas, investigará os recursos expressivos do ator a partir do treinamento sobre as ações físicas. E a Oficina de Teatro Livre volta a acontecer todos os sábados, a partir do dia 6 de abril, das 14 às 17 horas. Tem a proposta de iniciação teatral a partir de jogos dramáticos, expressão corporal e improvisações. Ela possui início, meio e fim em cada encontro e se desenvolve durante todo o ano. Ainda em abril a Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo vai abrir inscrições para as suas Oficinas Populares nos bairros Restinga, Humaitá e Tristeza. As Oficinas Teatrais em bairros populares de Porto Alegre têm como objetivo fomentar a organização de grupos culturais. Nas duas últimas semanas de julho acontece o Laboratório Aberto da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, uma imersão poética no trabalho de investigação teatral do grupo. E ainda em setembro a Escola oferecerá a Oficina de Teatro de Rua. Maiores informações pelos telefones (51) 3028 1358 e 999994570 ou no site www.oinoisaquitraveiz.com
A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz estreia no dia 3 de março a sua nova encenação de Teatro de Rua: “UBU TROPICAL”. O espetáculo será às 17 horas no Parque da Redenção, próximo ao Monumento ao Expedicionário. O espetáculo volta a ser apresentado nos dias 10 e 17 de março no mesmo local e horário. Os bufões do Ói Nóis Aqui Traveiz vão contar a história do Pai Ubu, símbolo do cinismo, destruição e estupidez. “Ubu Tropical” narra as peripécias de uma personagem grotesca e cruel que incitado por Mãe Ubu assassina o Rei da Polônia e coroa a si mesmo, iniciando uma longa serie de atrocidades que inclui traições, roubos, corrupção e assassinatos. Personagem ambicioso, covarde e irracional, o legendário Pai Ubu relembra, em chave humorística, o que o Brasil viveu nos últimos anos com um governante autoritário e demente. A personagem Pai Ubu foi criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907) precursor do teatro contemporâneo. Fundou uma nova concepção estética e ideológica de onde beberam as vanguardas do século XX, como dadaístas, surrealistas, o teatro do absurdo, e grande parte do humor grotesco atual. Jarry desenvolveu uma interessante saga com as peças Ubu Rei, Ubu Cornudo, Ubu Acorrentado e Ubu na Colina, entre outras, de comedia bufa e as vezes, escatológica e absurda. A provocação de Ubu chega inclusive ao universo da linguagem inventando palavras, e chamando atenção para um mundo aparentemente ordenado e progressista, mas que a todo momento cria os seus brutais Ubus. A encenação do Ói Nóis Aqui Traveiz parte da figura do bufão. São os atuadores como bufões que encenam a peça. O bufão é o ser dos paradoxos, das antíteses, o personagem do avesso e do direito, da negação e da afirmação. Sua função é de dizer alto o que se pensa baixo: ele desvela o não-dito, o interdito, o latente ou o recalcado. O bufão está ligado à rua, à praça, sendo o representante de uma reunião de vozes de contestação e de transgressão. O Ói Nóis Aqui Traveiz começou a sua pesquisa sobre a personagem Pai Ubu ainda durante a pandemia em 2021. Neste ano desenvolveu um Seminário e uma Oficina sobre a relação da personagem de Jarry com o Tropicalismo e o conceito modernista de Antropofagia criado por Oswald de Andrade. Dando seguimento ao estudo apresentou nas ruas a intervenção cênica Parada Ubuesca e em 2022 criou e produziu o filme curta metragem ‘Ubu Tropical’. Durante 2023 desenvolveu esta nova criação coletiva para o Teatro de Rua. Na criação coletiva “Ubu Tropical”, com música original de Johann Alex de Souza, estão em cena os atuadores Rafael Torres (Pai Ubu), Helen Sierra (Mãe Ubu), Marta Haas, Keter Velho, Eugênio Barboza, Roberto Corbo, Lucas Gheller, Márcio Leandro, Alex Pantera, Jules Bemfica, Gengiscan, Ellen Hiromi, Kayzee Fashola, Milena Moreira, Fabrício Miranda e Daniel Steil. Na parte técnica e contrarregragem estão Tânia Farias, Clélio Cardoso e Paulo Flores. A montagem de “Ubu Tropical” faz parte do Projeto Arte Pública – Criação e Formação. Uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura com recursos da emenda parlamentar da deputada federal Fernanda Melchionna. Fotos: Eugênio Barboza Anterior Próximo
Zé da Terreira
Nesta quinta-feira, dia 2 de novembro, às 20 horas, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont 1186) acontece o Exercício Cênico de conclusão da Oficina Popular de Teatro do Bairro Humaitá. O Exercício Cênico é composto por cenas das peças Trapulha, Navalha na Carne e Cala Boca Já Morreu (cena A Suicida). As Oficinas Populares buscam a desmistificação e socialização dos processos artísticos, acreditando no potencial libertador do teatro e em sua necessária influência como fator gerador de autoconhecimento e maior consciência e atuação sociais. A Oficina faz parte do Projeto Arte Pública – Criação e Formação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. É uma realização da Funarte e Ministério da Cultura do Governo Federal através de emenda parlamentar da Deputada Federal Fernanda Melchionna.
A partir do início de novembro a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz inicia Oficinas Teatrais nos bairros populares do Partenon e São José. Na Associação de Moradores da Vila São Judas Tadeu (rua Nelson Duarte Brochado, 24 – Partenon) os encontros serão terças e quintas-feiras, das 19 às 22 horas, e na Associação Comunitária do Morro da Cruz, 1572 – São José) nas quartas e quintas-feiras, também das 19 às 22 horas. As Oficinas são gratuitas e abertas a todos jovens e adultos. As inscrições estão abertas nos locais e pelos telefones 98333 3394 (São Judas Tadeu) e 98225 2299 (Morro da Cruz). As Oficinas Populares de Teatro propiciam às pessoas, em geral, o contato com o fazer teatral, acreditando na necessidade e no potencial artístico de todo o ser humano. Para alcançar o estado próprio à liberação da expressão teatral, a oficina desenvolve exercícios de desinibição, sensibilização, musicalidade, expressividade e coordenação rítmica, aliados a jogos de inter-relacionamento dramático, passando, então a criação de cenas teatrais. As Oficinas são uma realização da Secretaria Municipal da Cultura através do Termo de Fomento 57/2023.
Fotos: @radiozebra No dia 17 de setembro, domingo, às 12 horas, a Oficina de Teatro de Rua da Terreira da Tribo apresenta o exercício cênico “A Comédia do Trabalho” no Parque da Redenção, próximo do Monumento ao Expedicionário. Versão livre da peça “A Comédia do Trabalho”, de autoria de Sergio de Carvalho e a Cia do Latão de São Paulo, o Exercício Cênico é o trabalho de conclusão da Oficina de Teatro de Rua da Terreira da Tribo, dentro do Projeto Arte Pública: Criação e Formação. A peça “A Comédia do Trabalho” mostra um banqueiro no auge do capitalismo financeiro, que depende da ajuda governamental para vender seu negócio a um investidor estrangeiro. Em paralelo, um desempregado, em meio às massas de demitidos, tenta suicidar-se no alto da empresa em que trabalhou. A Oficina aborda os princípios básicos do teatro político e popular com a perspectiva que a rua seja palco de um teatro que se assuma como um constante repensar da sociedade, motivando uma releitura da vida cotidiana. O Projeto Arte Pública: Criação e Formação é uma realização da Funarte e do Ministério da Cultura. Anterior Próximo
ATENÇÃO: APRESENTAÇAO DO DIA 03 CANCELADA EM RAZÃO DAS CHUVAS Neste final de semana, dias 2 e 3 de setembro, sábado e domingo, às 12 horas, a Oficina de Teatro de Rua da Terreira da Tribo apresenta o exercício cênico “A Comédia do Trabalho” no Parque da Redenção. No sábado próximo da Feira Ecológica e domingo próximo do Monumento ao Expedicionário. Em caso de chuva as apresentações ficam transferidas para os dias 16 e 17 de setembro. Versão livre da peça “A Comédia do Trabalho”, de autoria de Sergio de Carvalho e a Cia do Latão de São Paulo, o Exercício Cênico é o trabalho de conclusão da Oficina de Teatro de Rua da Terreira da Tribo, dentro do Projeto Arte Pública: Criação e Formação. A peça “A Comédia do Trabalho” mostra um banqueiro no auge do capitalismo financeiro, que depende da ajuda governamental para vender seu negócio a um investidor estrangeiro. Em paralelo, um desempregado, em meio às massas de demitidos, tenta suicidar-se no alto da empresa em que trabalhou. A Oficina aborda os princípios básicos do teatro político e popular com a perspectiva que a rua seja palco de um teatro que se assuma como um constante repensar da sociedade, motivando uma releitura da vida cotidiana. O Projeto Arte Pública: Criação e Formação é uma realização da Funarte e do Ministério da Cultura.