Manchas No Lençol (1987)
Sinopse
´Manchas no Lençol´ é o resultado de uma divertida incursão na arte de sombra chinesa. Seus personagens ganharam vida na silhueta de atores e elementos cenográficos iluminados atrás de um pano branco. Com poucos reursos – spots, lanternas, projetor de slides -, objetos triviais- brinquedos de plástico, moldes de papelão – e o rigor gestual, o Ói Nóis conseguiu produzir imagens e efeitos ricos o suficiente para ilustrar na tela cinco esquetes bem variados. A seqüência da história é a seguinte: ´Pela Vidraça eu via…´– Uma narrativa tragicômica da desumanização da medicina – um paciente está a mercê de uma médica sádica. ´O despertar da inteligência´ – uma história em quadrinhos mostra o homem utilizando sua inteligência para a destruição e a barbárie. ´Morte no campo´ – uma síntese da péssima condição de vida dos camponeses. ´O feitiço de amor´ – retrata a procura do amor num mundo desagregado, feito de solidão, anistia e guerra. ´A rosa e o vagabundo´ – uma pantomima mostra a frustração de um vagabundo que vai ao encontro de sua amada. Assim, projetava-se no pano uma operação macabra, cenas de amor, um duelo entre homens primitivos, bruxas com seus caldeirões fervorosos, monstros pré-históricos e até a figura de Charlie Chaplin. Para criar sombras que despertam emoções tão diferentes, o Grupo teve que ser delicado nos gestos, preciso nos movimentos e perspicaz na escolha do ângulo para focalizar o objeto.
Ficha Técnica
Direção: coletiva
Iluminação: Arlete Cunha
Sonoplastia: Jacque Rosa
Elenco: Alex Barros Cassal, Ângela Gonçalves, Antônio Motta, Arlete Cunha, Graça Carpes, Jorge Luís Vieira, Maria Rosa, Salvador Gutterres, Sérgio Etchichury, Silvana Stein e Túlio Quevedo
Estréia: janeiro de 1987
Local: Terreira da Tribo